O que é o ciclo de aprendizagem vivencial e como aplicá-lo?

Publicado por DNA Conteúdo em 26/11/2020

Ciclo de aprendizagem vivencial é uma metodologia desenvolvida nos anos 80, especialmente pensada para integrar o aprendizado à experiência

A técnica ganha ainda mais espaço e valor nos dias atuais, em que a maior força de trabalho das empresas — a geração Millennial — demonstra especial interesse pelo aprendizado prático.

De acordo com a pesquisa Millennials at work: reshaping the workplace, da PwC, a geração se divide entre a preferência pelo aprendizado via mentoria (pontuado por 28% dos entrevistados) e o aprendizado prático adquirido com a vivência (pontuado por 21%). 

Para entender um pouco mais sobre o que é o ciclo de aprendizagem vivencial e como adaptá-lo às tendências da pedagogia empresarial, continue lendo este artigo! 

O que é ciclo de aprendizagem vivencial? 

O ciclo de aprendizagem vivencial é uma metodologia ativa de aprendizagem (demanda ação dos alunos, colocando-os como protagonistas do aprendizado) criada nos anos 80 por David Kolb. A ideia do método envolve transmissão de conhecimento por meio de experiências práticas — ou vivências, como o nome diz — vividas de forma cíclica. Algo como uma engrenagem sempre em movimento. 

A lógica de Kolb para o ciclo de aprendizagem vivencial defende que o ser humano é capaz de extrair significados e ensinamentos a partir de atividades e análises críticas. 

Por representar uma forma de extrapolar os modelos tradicionais de educação, o ciclo de aprendizagem vivencial se tornou um importante aliado da educação corporativa, especialmente por ser capaz de mesclar elementos de aprendizagem social (baseada na observação e no filtro crítico) e treinamentos práticos. 

Quais as etapas do ciclo de aprendizagem vivencial?

Além de entender o que é o ciclo de aprendizagem vivencial, é essencial conhecer as 5 etapas que caracterizam a metodologia. 

A proposta do criador do CAV (Ciclo de Aprendizagem Vivencial), David Kolb, é que cada uma das etapas seja cumprida de forma sequencial, despertando sentidos e proporcionando as análises que levarão ao aprendizado. 

As 5 etapas que definem o ciclo de aprendizagem vivencial são:

  1. Vivência: a primeira etapa do CAV é representada por atividades práticas, que podem ser realizadas individualmente ou em grupo;
  2. Relato: na segunda etapa, os participantes compartilham observações e pontos de vista sobre a etapa 1;
  3. Processamento: a seguir, ocorre a discussão sobre os padrões de comportamento ocorridos na atividade de forma individualizada (em geral, é usada a ferramenta do relatório);
  4. Generalização: nesta etapa, discute-se sobre como as dinâmicas podem ser aplicadas na vida cotidiana;
  5. Aplicação: na fase final do ciclo de aprendizagem vivencial, os participantes transferem as generalizações para uma situação real, planejando comportamentos e ações a partir das elaborações feitas nas fases anteriores. 

Aplicação prática: como encaixar cada etapa do ciclo de aprendizagem vivencial na rotina? 

Já temos a definição do ciclo de aprendizagem vivencial e uma breve descrição de cada uma de suas etapas. Agora, é hora de entendermos como encaixar a metodologia na rotina das empresas. 

O importante papel do condutor

O condutor do ciclo de aprendizagem vivencial — também chamado de facilitador ou de professor — tem um papel crucial na realização da atividade. Isso porque é preciso ter sensibilidade para ajudar a despertar sentidos nos participantes. Ao mesmo tempo, também é necessário ter minúcia para detectar tais sentidos do ponto de vista analítico. 

Um bom facilitador do ciclo de aprendizagem vivencial deve se orientar de acordo com a seguinte pergunta:

Como posso ajudar este indivíduo a perceber suas potencialidades de maneira individual e em equipe?

Com esta pergunta em mente, fica mais fácil inserir as etapas do ciclo de aprendizagem vivencial em aspectos cotidianos e em momentos pontuais, tais como: 

  • compartilhamento de soluções para resolver um problema operacional;
  • reuniões para discutir exemplos e vivências de boas práticas corporativas;
  • etc. 

Ciclo de aprendizagem vivencial na prática: o poder do treinamento empresarial e das dinâmicas de grupo

Duas formas conhecidas de aplicação do ciclo de aprendizagem vivencial são os treinamentos empresariais e as chamadas dinâmicas de grupo. 

Treinamentos empresariais são práticas educacionais cujo objetivo é o aprendizado de temas ligados à rotina da corporação. Mas, além disso, são oportunidades perfeitas para colocar em prática momentos de convivência e desafios coletivos — as dinâmicas de grupo.

Este momentos, conduzidos por um tutor ou mentor, têm, como objetivo, possibilitar a avaliação de competências e habilidades pessoais e profissionais dos colaboradores. Além disso, se orientados para o ciclo de aprendizagem vivencial, as dinâmicas de grupo ajudam a criar um ambiente propício ao aprendizado, no qual a realização das 5 etapas do processo se torna mais natural. 

Vamos a um exemplo? Assista ao vídeo abaixo: 

Na dinâmica de grupo retratada no vídeo, os colaboradores passam pela etapa 1 do ciclo de aprendizagem vivencial. Nela, experienciam os desafios propostos pelo condutor. 

Após a realização da atividade, para completar o processo, a equipe deveria compartilhar seus relatos sobre a vivência. Como se trata de uma dinâmica sobre trabalho em equipe, exporiam os principais aspectos percebidos sobre a importância da cooperação para atingir objetivos. 

Por fim, o condutor faria a sua intervenção. Neste momento, proporia a extrapolação da vivência da dinâmica de grupo para a vida cotidiana da empresa. 

Ciclo de aprendizagem vivencial e EAD: é possível aliar? 

Sabemos que, com a transformação digital, utilizar a tecnologia na educação e a metodologia EAD se tornou praxe em muitas empresas.

Diante dessa nova realidade, você pode se perguntar: como aplicar o CAV na EAD? É possível? 

Nossa resposta é: sim! 

Como o princípio do ciclo de aprendizagem vivencial é a experiência, é preciso utilizar alguns recursos tecnológicos para viabilizá-lo na EAD. Alguns exemplos são as simulações e as transmissões ao vivo. 

A ideia é inserir os colaboradores em um universo que os aproxime do real, e que permita a construção de situações vivenciais em grupo ou individuais. 

E aí, você quer aplicar o ciclo de aprendizagem vivencial de forma tecnológica em sua empresa? Então não se esqueça de apostar em uma criação de conteúdo de qualidade! Ter bons materiais de apoio facilita a absorção do aprendizado. Além disso, conecta os colaboradores com a essência daquilo que a empresa deseja comunicar. 

Sabe quem pode te ajudar nesta etapa? Nós, da DNA Conteúdo!

Somos experts em usar as diferentes ferramentas de entretenimento digital a seu favor, entendendo as necessidades da sua empresa e estudando a fundo o seu público-alvo. 

Nosso portfólio de conteúdos inclui:

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