O que você diria se te disséssemos que apenas 5% das pessoas se lembram de gráficos e estatísticas apresentados de forma isolada? Ao mesmo tempo, 63% delas são capazes de apreender as mesmas informações em formato de história contada, como acontece em vídeos de storytelling.
A informação é do professor Marco Aurélio Morsch, da Universidade Mackenzie, que defende o valor do storytelling como técnica educacional em entrevista para a revista Exame.
Adotar vídeos de storytelling para ensinar pode ser uma forma efetiva de transmitir informações e dinamizar a pedagogia empresarial, tornando o conteúdo muito mais engajante e inspirador. Quer entender melhor como esse processo funciona?
Então leia este artigo para descobrir!
Antes de falarmos sobre o poder dos vídeos de storytelling, que tal relembrarmos seu conceito?
De acordo com Rodrigo Cogo, gerente de conteúdo da Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, em entrevista para o portal Mundo Coop, storytelling “é uma forma de organizar o pensamento e os argumentos e de compartilhar e reconstruir a mensagem junto a um público”.
Trata-se de uma estratégia de comunicação que utiliza o poder das narrativas e do compartilhamento de experiências para despertar emoções e potencializar a assimilação de informações.
Um bom conteúdo de storytelling é capaz de:
Assista ao vídeo a seguir. Nele, você vai entender como os grandes comunicadores estruturam suas narrativas segundo os princípios do storytelling para cativar e envolver interlocutores:
É claro que, para alcançar os resultados mencionados acima, os vídeos de storytelling precisam ser construídos de forma estratégica. Existem algumas técnicas de storytelling capazes de encurtar a distância entre emissor e receptor. Elas tornam a narrativa mais envolvente e os resultados, mais efetivos.
Veja a seguir 4 dicas de como usar as melhores técnicas de storytelling para ensinar.
O primeiro passo para criar vídeos de storytelling envolventes e efetivos é compreender as pistas sociais para gerar empatia e identificação.
Na prática, isso significa entender o ambiente, estudar os hábitos e preferências do público-alvo e buscar canais de comunicação capazes de conectar verdadeiramente a empresa e o colaborador.
A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e compreender suas emoções. Ela é base para relacionamentos fortes e pautados em confiança. Por isso, seja empático no entendimento do seu público-alvo para conseguir despertar a empatia deste mesmo público como resultado.
A segunda técnica de storytelling que deve ser levada em conta para a educação corporativa (online ou presencial) é a criação de um universo imersivo. A ideia aqui é fazer com que o público-alvo dos vídeos de storytelling mergulhem na narrativa e sintam-se parte dela.
Boas dicas para colocar a técnica em prática são:
Um bom vídeo de storytelling deve ser acompanhado de estratégias e canais de apoio. Isso porque o chamado “transmídia storytelling” potencializa as chances de absorção do conteúdo e levam a experiência imersiva a um outro patamar.
O especialista no assunto Rodrigo Cogo, citado no começo deste artigo, reforça que o resultado tende a ser melhor quando há a possibilidade de articulação multissensorial.
Vamos pensar em um treinamento de funcionários. É possível iniciar o processo com um curto módulo presencial pautado em storytelling. Em seguida, uma ideia é complementá-lo com um vídeo, seguido de um podcast e de e-mails, todos seguindo a mesma estrutura narrativa.
Embora seja um formato educacional inovador, o conteúdo de storytelling, assim como qualquer outro tipo de educação corporativa, tem um objetivo final.
Ele pode estar ligado à disseminação de um processo, ao desenvolvimento de habilidades, ao reforço da imagem da marca e até mesmo à divulgação de novos procedimentos organizacionais. O importante é ter este objetivo em mente e trabalhar o roteiro do storytelling para criar gatilhos que conduzam o colaborador a uma ação que o aproxime do objetivo do treinamento.
Que tal um exemplo? Sua empresa está ministrando um treinamento de habilidades em gestão de tempo. Ela usa o storytelling como técnica para guiar o curso. É possível inserir, no próprio roteiro, gatilhos que estimulem os colaboradores a realizarem pequenos exercícios rotineiros que os ajudem a treinar a capacidade.
Agora você já sabe como tornar seus vídeos de storytelling perfeitos para engajar e motivar seus colaboradores. Que tal ver alguns cases de storytelling que colocam em prática as dicas dadas no tópico anterior?
Para conectar a marca ao seu time de colaboradores, a rede de hotéis Hyatt desenvolveu um vídeo institucional baseado no storytelling.
A ideia foi utilizar colaboradores da empresa como protagonistas do vídeo, e registrar a perspectiva de cada um deles sobre o ambiente da empresa de forma próxima e afetiva (lembra do que falamos sobre a importância do universo imersivo?).
O resultado? Um conteúdo relevante e diferente do tradicional padrão de vídeos institucionais (nos quais a empresa e seus diferenciais mercadológicos são as grandes estrelas). Seu foco? Voltado para quem realmente importa: os colaboradores.
Quer matar a curiosidade e ver como ficou o trabalho? Então assista a seguir:
Neste exemplo de vídeo de storytelling, o palestrante Gabriel Carneiro conta um pouco de sua história pessoal para despertar a curiosidade de seu interlocutor e convidá-lo a participar de uma experiência de aprendizado.
A ideia, neste caso, foi humanizar a figura de autoridade e aproximá-la de seu público-alvo por meio de uma linguagem simples e clara.
Veja o vídeo abaixo e inspire-se a usar a técnica em sua empresa:
A empresa de consultoria McKinsey utilizou os vídeos de storytelling de uma outra maneira: por meio da técnica do whiteboard animation e de uma locução amigável, construiu uma narrativa sobre desafios e transformação corporativa, ressaltando o papel dos colaboradores como agentes de mudança.
Ao fim do vídeo o convite para a participação de todos na construção de um processo de transformação reforça a ideia dos gatilhos para ações.
Criar bons vídeos de storytelling pode conectar sua empresa e os colaboradores de uma forma única. Porém, é fundamental que cada etapa da preparação do conteúdo seja feita de maneira estratégica. Por isso, é importante contar com quem já entende do assunto.
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